Corpos de Barro

Silencioso e calmo quantas coisas diz

Enquanto a noite caminha n' uma valsa

Somos pares, e esta involução contradiz

Alheia a sina, como o mar à terra, a ilusão é falsa

De marés que sobem e descem na areia

escancaradas portas abertas encontro

E como espasmos que brotam das veias

Me visto e dispo neste meu ser que afronto

Desmistifico o que esconde minha fala

Solidifico a lealdade ao olhos teus

De mar em mar vamos deixando o que cala

E as horas lentas tiram de cena os devaneios meus.

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 21/02/2017
Reeditado em 21/02/2017
Código do texto: T5919824
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.