Quando...

Me diga,

o momento exato,

onde me deixei envolver,

pelos teus braços,

e me perdi.

Onde eu deixei me levar,

por tuas palavras bonitas,

tuas frases feitas,

pelos teus velhos truques,

perdi,

nos teus jogos antigos,

eu conheço todos,

todos muito bem.

Onde perdi o rumo,

fiquei sem saída,

deixe você entrar,

e bagunçar a minha vida,

como teus discursos,

dos teus sonhos impossíveis,

que fiz questão de esquecer.

Quando me convenceu,

nada foi perda de tempo,

tudo estava suspenso,

eu era tua,

mas você nunca foi meu.

Quando voltei a ser apenas uma menina,

de olhos úmidos,

de vontades simples,

de pequenos desejos,

e você me tem,

na palma da mão.

Quando me perdi,

no meu próprio jogo,

você virou a mesa,

virou o jogo,

me fez acreditar,

eu estava no comando,

podia tudo,

e seu plano maligno,

funcionava perfeitamente,

me levando a loucura,

me confundindo,

trocando meus passos,

trançando nossas pernas,

costurando nosso destino.

Me diga,

quando?!

voltei a acreditar em você,

nas tuas grande mentiras,

de pequeno efeito.

Quando me joguei nos teus braços,

quando me perdi no teu abraço,

minha boca se tornou tua,

e minhas palavras,

teus pensamentos.

Quando te abri os olhos,

quando invadiu minha alma,

quando me roubou o coração.

Quando me fez acreditar,

agora pode ser diferente,

ter outra chance,

de ser feliz ou não.