Enigma

Num relance,

Antes que me alcance,

o fim de outro romance,

Eu te olho um infinito.

Com a estupefação que erige o mito,

Aflito a cada detalhe.

quer para mim gargalhes, ou orvalhes e por tuas galáxias me espalhes...

Para que entre as tuas coxas eu me embaralhe,

ou, simplesmente,

para me deixar definitivamente demente,

jogues os cabelos e assim, me colocando de joelhos.

enveredo com meu brinquedo,

pelos segredos dos seus pentelhos,

desbravando os teus medos...

e gemes e sorris,

voando com pirilampos e colibris,

a noite e o dia alternando haraquiris...

Quando sem você fico mais que sozinho,

luz sem caminho.

Linda toda a vida,

tu és uma primavera-enigma,

que nem o meu amor elucida.

Impagável estigma.

Barthes.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 26/02/2017
Código do texto: T5924551
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