Trégua

Hoje eu não quero contrariar ninguém,

Hoje eu quero ser light, soft,

Hoje eu quero falar de algo que não suscite a ira, que não provoque discussão, quero falar de alguma coisa que traga paz ao coração.

Apesar de saber que o polêmico desperta mais interesse, não estou nem aí se a minha escrita não der o feedback de um texto diferente desse.

Eu quero dar vazão ao que sempre sobra no meu peito, apesar de por vezes parecer ter gosto pelo avesso, não é bem desse jeito. Aqui, antes da contramao existe uma única mão, que não é a da contradição, mas a da adição. Quando juntam amor e escrita, nascem poemas, e mesmo que a poesia não seja tão bonita, ao menor vislumbre a alma já grita, porque todos temos necessidade de amar.

O mais impetuoso lutador, o mais destemido soldado na guerra, o mais bruto trabalhador, o mais aparente indiferente que se ocupa tanto do dia fazendo-o parecer que tem 25 horas uma hora para, e clama por um mergulho nestas águas frescas, que transformam qualquer paisagem seca, e despertam o sentimento que é preciso amar.

Amar sem economias, sem reservas, fazendo barulho, se necessário, e se expressando com toda força de um alarde. Isto não faz do bravo um covarde, nem do viril um um másculo em desigualdade. Amar liberta, desprende, abre janelas e de uma forma gentil deixa a porta aberta.

Um momento para amar e se esquecer dos embates, um instante pra se entregar sem ter perdido o combate, mesmo porque neste duelo o resultado é sempre empate.