DESERTO DE MIM

Noite escura acinzentada!

Eu pensativa vagando,

vida vazia sem nada,

e assim dias passando.

Deito... só...desperançada!

Nada quero... nada sou,

árvore inteira destroçada,

foi tudo que me restou.

Meu ser parece um deserto,

areia clara a voar com o vento.

Rodopios de um destino incerto,

em meio às angústias do momento.

Dos clamores, ardentes ânsias,

transformadas em sofrimento,

hoje tristes ressonâncias,

traduzidas num lamento.

E mais um dia arrasada,

olho o horizonte que diz:

Levante... transforme o nada!

Procure ser mais feliz.

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 05/08/2007
Reeditado em 01/09/2007
Código do texto: T593253