DESERTO DE MIM
Noite escura acinzentada!
Eu pensativa vagando,
vida vazia sem nada,
e assim dias passando.
Deito... só...desperançada!
Nada quero... nada sou,
árvore inteira destroçada,
foi tudo que me restou.
Meu ser parece um deserto,
areia clara a voar com o vento.
Rodopios de um destino incerto,
em meio às angústias do momento.
Dos clamores, ardentes ânsias,
transformadas em sofrimento,
hoje tristes ressonâncias,
traduzidas num lamento.
E mais um dia arrasada,
olho o horizonte que diz:
Levante... transforme o nada!
Procure ser mais feliz.