Jogue Um Poema ao Mar
São macios os lábios que me leem a alma quase que confinada ao breu,
E os dizeres que me fortalecem ao me ninar são anseios e devaneios seus
Tenho do adeus a inveja quase mórbida, presa a calma diluída ao sal dos versos em excessos que vou lançando ao mar
N' uma súplica à deusa das águas,
As marés e pérolas penso engarrafar
Pra te presentear no dia certo
As belezas desse meu explícito amar
E quererei paz, quererei flores; quererei estrelas,
Quererei plantas silvestres em cores
pra pintar a bruma seca que cega meu navegar
Quero ler na varanda, ao sol,
Sentir no rosto a brisa
Aqui dentro ja me cansa a penumbra que a saudade de índole má nunca ameniza
Quero tudo o que o amor realiza e presenteia...
Quero tudo meu e teu capturados na mesma teia