O despertar do amor

Pela manhã acordou, levantou-se

Abriu a janela, lá fora o dia estava lindo.

No espectro o amor exalava cheiro

De avenca, rosa e dália.

Crianças corriam animando a vida

Jogavam bola, peteca, brincavam

De roda e soltavam pipa,

Enquanto da janela o amor de olhar patético

Para o coração procurava uma saída.

De fato, solidão no mundo real não havia

Mas no imaginário a febre da saudade

Ardia, pensamento divagava sobre maravilhas

E dos olhos plangentes lagrimas emotivas caiam

Afastou-se da janela, lentamente deslocou-se

À porta, virou a chave e abriu dando três voltas

Sentiu-se de esperança posta, absorta à vida,

Olhando, na moldura, amarelas fotos de seus ancestrais.