UMA DROGA CHAMADA AMOR

Não tenho metáforas para explicar;

Estou caindo no desencanto;

Ela está se entregando aos outros;

Meu coração se desfaz em pedaços;

Como uma ferida que não se cicatriza;

Esta droga chamada amor;

Um fogo que corrói nossa resistência;

Uma mente que se frustra com o destino;

Não quero mais ouvir o seu nome;

Não quero que me lembram de sua existência.

Um abismo evoca outro abismo;

Estou buscando novos sentidos;

Quero jogar toda a merda no ventilador;

Irei jogar fora toda a minha decência;

Cansei de ser o certo;

E sempre ficar para trás;

Um copo de uísque atrai novas sensações;

Ela se entrega ao ópio da noite;

Eu me jogo no abismo de meus traumas;

Estou perdendo minha razão;

Esta paranoia está custando minha honra;

O brilho de minha carne;

Espanta o calor de minha alma.

Não preciso que me falem dela;

Não preciso que me lembrem;

Daquilo que não deu certo em minha vida;

Como um vendaval que destrói a resistência;

Só os cegos não enxergam;

A vida é um mar de ilusões;

Esta droga chamada amor;

Entorpece minha mente;

Me joga na decadência de meus princípios;

Me deem o vinho;

Não quero mais o pão;

Não terei mais o que quero;

Afinal de contas;

Já me entreguei ao fim;

De minha existência;

Como um ser de essência racional;

Só o tempo dirá;

O resultado de minhas escolhas.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 12/03/2017
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