CORAÇÕES INIBIDOS

O teu olhar...

Não pode ver o meu;

Teu olhar...

Não pode ver o meu olhar.

O meu procura o teu,

O teu procura o meu,

E ambos se encontram;

Um no sul...

Outro no norte!

Os extremos,

Se encontram,

Se encantam;

E não se tocam!

Como pode...

A chama do sol,

Queimar tanto;

Em grau elevado.

Tão longe...

Somos opostos.

Tão perto...

Somos opostos.

A lua...

Ofusca em frio,

O calor...

Calafrio!

No toque,

No sorriso,

No olhar,

No desejo...

Que comem,

E consomem;

A mulher e o homem!

E o sabor,

Do tempero,

Da comida,

Da delicia,

Na saliva;

Em ambos...

Fica!

E entrelaçam,

No cheiro...

No desejo...

Mas não podem...

Tão perto,

Tão longe;

Tão distantes...

OSIASTE TERTULIANO DE BRITO

23/04/2012

Loanda – Paraná

Osiaste Tertuliano de Brito
Enviado por Osiaste Tertuliano de Brito em 15/03/2017
Reeditado em 22/04/2020
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