Um pedido: lágrimas que caem (versão poesia)

Em meu quarto branco

Estou coberto pelo vermelho

Vendo pela janela a luz cinza que me penetra.

As minhas lágrimas caem sobre essas cores.

Concha de retalhos difíceis de serem respondidos.

Eu colhi pedras ao invés de flores.

Vivia plantando semente que eram verdadeiras

Mas nunca fizeram parte do meu jardim.

Eu me sentia culpa da morte do meu canteiro.

Reconheci que esse espaço não devia fazer parte de mim.

Entreguei o meu jardim e nunca mais fui colher.

Um dia fui ver o meu canteiro e vi uma flor muito viva.

É incrível como cresceu rápida e roubou o meu coração.

Decidi que deveria cuidar.

As pétalas sorriam em minha direção.

Eu ficava sem jeito.

Coloquei um laço no seu tronco.

Ela nunca tinha recebido isso.

Ficou emocionada.

Caí em lágrimas.

O meu coração está estremecido

O meu cuidado com essa flor foge dos espectros.

Eu aprendi a desgostar do meu jardim

O tempo engoliu os meus dias.

Aprendi a viver bem assim

Não sei dizer se vivo uma carência

Pelo fato de ser só

Ou realmente estou amando alguma coisa tão bela

Apenas tenho medo de viver

É a primeira vez em anos que vejo uma flor em estado de pureza.

Sem ligar os detalhes e contornos.

Eu tenho uma vontade de fazer um pedido imenso a essa flor,

Não quero matar pela distância.

Nossas vidas são jovens,

Eu queria namorá-la

Não sei em que ponto nos encontraremos

Eu a amo profundamente

Quero só ver o sorriso dela.

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 15/03/2017
Código do texto: T5941740
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