MEDO

Medo não tenho de quase nada

Não tenho medo de rato

Não tenho medo de barata

Não tenho medo de alma penada...

Medo tenho de gente

Gente que mente

Que diz que sente e não sente

Medo da falsidade...

Medo tenho mais ainda

De mim

Que sou capaz de amar

Até quase morrer...

E fingir que não vejo

O olhar de Narciso

O olhar pro próprio umbigo

De quem me faz sofrer...

Medo, tenho de mim

Que sou capaz de chorar incessantemente

E me matar por dentro a cada momento

E não deixar de querer...

Medo tenho de mim mesma...

03/08/07

Francisca Cerqueira
Enviado por Francisca Cerqueira em 05/08/2007
Reeditado em 05/08/2007
Código do texto: T594318