SUBLIMIDADE

Intenso, esse amor já declarado,

que, por vezes, insistente, me alucina.

Único, e, que, mesmo rotulado,

sobressai, e, a outros amores ensina.

Consegue ser espuma e rocha,

praia, campo, ares de montanha.

E, quando flor, sempre desabrocha

na sublimidade que, da vida ganha.

Tem de sol, também, chuva e nevoeiro,

quando a distancia, maldosa, o envolve.

Mas, sempre um sorriso corriqueiro,

a bonança, o seu fulgor devolve.

Sublime, quando sofre, e, carente,

qual cachoeira, deslumbrante, se joga.

Mas, ao se embrulhar nessa torrente,

sempre incólume, a mágoa afoga.

Serei sempre sorvido por esse amor,

a promulgar versos e canções.

E, nos textos, com radicalidade e cor,

invadirei, perpetuamente, outros corações.

Eliezer Ávila
Enviado por Eliezer Ávila em 31/03/2017
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