SUBLIMIDADE
Intenso, esse amor já declarado,
que, por vezes, insistente, me alucina.
Único, e, que, mesmo rotulado,
sobressai, e, a outros amores ensina.
Consegue ser espuma e rocha,
praia, campo, ares de montanha.
E, quando flor, sempre desabrocha
na sublimidade que, da vida ganha.
Tem de sol, também, chuva e nevoeiro,
quando a distancia, maldosa, o envolve.
Mas, sempre um sorriso corriqueiro,
a bonança, o seu fulgor devolve.
Sublime, quando sofre, e, carente,
qual cachoeira, deslumbrante, se joga.
Mas, ao se embrulhar nessa torrente,
sempre incólume, a mágoa afoga.
Serei sempre sorvido por esse amor,
a promulgar versos e canções.
E, nos textos, com radicalidade e cor,
invadirei, perpetuamente, outros corações.