INEXORAVELMENTE

INEXORAVELMENTE

Amar...

Para que amar?

Para doar-se na vastidão do desconhecido, nas incertezas dos sentidos?

Amar...

Para que amar?

Para lembra-se de esquecer-se? Sepultando o egoísmo, ressuscitando-se no ventre dos sonhos?

Amar...

Para que amar?

Para futilmente cantar as flores dos canteiros que embelezam tua alma?

Amar...

Para que amar?

Para fugir das desgraças do destino, refugiando-se nas esperanças úmidas que vagueiam pela face?

Amar...

Para que amar?

Para chamar-te aos gritos surdos, tal como os olhos que enxergam o que não se vê?

Amar...

Para que amar?

Para inventar histórias em lençóis de seda, sobre colchas de pétalas, retrucando os ais, exultando o fluido desejo da alma?

Amar...

Para que amar?

Para que, enfim, possamos compreender que o sentido da vida está em amar?

Ah, grandes tolos, cheios de grandes despautérios, inebriados de vãs ilusões! Para que amar, afinal?

Amar... para alegrar-te o ser

A mais nobre razão de viver

Amar para que!

Flávia Arruda 04.04.2017

Flávia Arruda
Enviado por Flávia Arruda em 04/04/2017
Código do texto: T5961012
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