REDE DE SONHOS


Aquela casinha simples,
Onde habita a solidão,
também moram meus encantos,
meus sonhos, minha paixão.

Nela fiz o meu jardim,
para o sol banhar de cor,
folhagens, dálias e jasmim...
singelo perfume de flor.

Nas noites de lua cheia,
ou mesmo de sol intenso,
deito na rede e revivo...
os meus melhores momentos.

É nela que me embalo,
ao refletir minhas dores,
em meio ao cheiro de flores,
vivências de meus amores.

Nela choro quando canso,
das injustiças vividas...
vivo nela desencantos,
das tardes descoloridas.

Quando vejo os colibris,
pousarem na rede a cantar,
em meio às danças sutis,
divido o espaço de amar.

E na introspecta magia...
entre gotas de luz e paz,
suplico à ave vadia...
não roube esta rede jamais.

Não quero perder a emoção,
de ver estrelas brilhantes,
converso com todas distante,
quando vivo uma paixão.

Só a Poeta se importa,
com simples rede a bailar...
na varanda em frente à porta...
onde sonha ao se deitar.





Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 07/08/2007
Reeditado em 22/04/2008
Código do texto: T596159