Sôfrego de Amor!

Núpcias dialéticas forjam prazer

Intrinsecamente o poeta canta

O cancioneiro abstrato recita

Os últimos versos impróprios do querer...

A noite se esvai inteira e fria

Entre os corpos a mansidão do amor

Num sôfrego instante, faz-se em ápice, o dia.

É como se nada mais restasse,

Os corpos na efemeridade da voz

Sussurram carícias

Pedindo que o tempo não passe!

Enfim, outro silêncio explode,

Deixa de cara a saudade e o delírio,

O abraço na despedida pede vida, vida...

Num instante outro olhar acode!

Sofrer de amor não é coisa boa,

Nem a alma, tal tristeza entende,

O vento melancólico aprende,

A canção que o coração entoa!

Chico Nascimento ou Magonleji
Enviado por Chico Nascimento ou Magonleji em 07/04/2017
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