Tão linda!

És tão linda!
Disse-lhe um dia
Ela, sorrindo, agradeceu
O elogio que lhe fazia
O ser vazio que era eu.
E os seus olhos
De um negro escuro
Que ainda procuro
Achar no breu
Impregnaram o meu futuro
Como as carícias
De um vento ateu.
E eu que não tinha
Mais esperança
Me vi colado
Ao corpo teu
Mel adorado
Mulher-criança
Minha ilusão
Que se perdeu.
Dá-me tua mão
Vem sem maldade
De leve aperta
Meu coração
Que ele espera
Com ansiedade
Por teu afago
Minha paixão.







*Passion: a granite sculpture by Gustav Vigeland.
Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 07/08/2007
Reeditado em 06/09/2007
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