O amor ...

O amor...

Um dia, ouvi mal falar de ti amor.Quando na sarjeta, assisti um ser vomitando desilusão.Escorado na miséria,

versando pavor da abantesma.Pranteando anátema febril delirava no lodaçal de Liz. Putrefando cristalina água dum chafariz. Ah amor... Delatar ti.

Tempo depois, deprecar mendigando pungida dor.Recitando Amargura de seu calvário acoimar ti amor! Ventania sanha meu peito sua aflição, em desatino a lira apossou-se de mim, e versei!Em um fétido cenário...

De um ser que não se ama, sorumbático... Dama encanto Recitou aos brados. Escarnecendo infeliz! Cala-te cólera-morbo não sabe, que dizes! Amor não existe ,se não amar no amor!

Tantos reversos avivados ,alquebrado lodo velado, no funéreo pacto.Proferi-lhe no soneto, Amor com Amor se paga. Disseminei afeto na voz declamada, arremessei ao longe sua dor. Nunca mais o vi, nem ouvi...

Deth Haak

12/10/2005

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 14/10/2005
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