Príncipio, meio e fim
Não deixes essa tristeza
De um pesadelo de quem sempre espera
Entrar pela porta adentro
Senta, relaxa
Vamos tomar um café!
E fala!
Não me deixes
Esperando aqui eternamente
Como um grito entalado na garganta
Janta! Canta
O amor pelo universo, pelos pássaros,
Pelo céu escuro e cinzento da madrugada em festa!
Vem! Deita
E começa
No infinito louco de quem receia
A toar uma canção de amor
Que meio adormecida
Acolhe lenta
A alma aínda desperta!
(1986)