Mestra!
 
... sigo os ditames da natureza
 mestra de tudo, sempre a maior
também me ensina ela,
em meus loucos anseios de amor
que, no verão em que me aquece,
faça, eu, meu corpo, só doar calor
 
 ... ora, mais tarde, manhã,
ao se fazer fria, gélido inverno
gera doído, o meu desejo,
o de ter de alguém que me aqueça
em suave, lânguido, doce sabor
 
... ora, outra, perco eu pedaços,
feita folhas de um sombrio outono,
alguns, mesmo, feito estilhaços,
outros levinhos
...porém iguais
a terrível, abominável abandono
 
...e a primavera,
ah, Deus, que linda é!
gera-me volúpias e gera ânsias incontidas,
todas elas com o sabor de vida
todas elas com a  minha vontade

de,

para você, meu lindo  amor,

ser apenas uma flor gigante,
apenas sim, única, única flor...
 
 
 
 
isabel Sprenger Ribas
Enviado por isabel Sprenger Ribas em 21/04/2017
Reeditado em 21/04/2017
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