SURPRESA
Quanto tempo passou?
Depende do sentimento do momento.
Por vezes muito, por outras pouco...
Não queria me importar.
Mas já não sou capaz de mensurar a distância,
Muitos momentos de convicção, de que o tempo se tornará eterno.
Outros que os dias não passam,
Incomoda a falta de controle.
E a surpresa aparece nos dias chuvosos e nas tardes alegres de verão.
Nem sempre companheira... por vezes traiçoeira,
Leva-me pra longe de onde estou, e para onde não sei aonde ir.
Demonstrando que sua falta ainda permanece,
Sem justificativa, só agita a momentânea calmaria.
Parece querer copiar o luar,
Mas causa espanto, e revolve o que escondia o brilho do seu olhar.
Exalta a fragilidade que não queria experimentar.
E por mais uma vez... tento cobrir de vez,
O que a surpresa veio buscar.