Não ouço

...o dia lhe trouxe,

O dia há de leva-la,

Sinto a paixão;

Como a aflição de poder cegá-la,

Não enxergo,

Não ouço,

Nada falo.

O coração é um calabouço,

Uma cela do regalo,

Preso ao corpo;

Um ralo,

Tentando me escoar,

Comprometido com o espaço das horas.

Mesmo na ausência do tempo

me tranco,

Calo a tua voz,

Em vão,

Trabalhando os ponteiros,

Empurrando-os,

“Misericordiamente” prontos

para uma exoneração...

porém,

Nem eu sei se quero que tu saibas,

Tudo dói,

A garganta...

A saudade...

Ah, o amor,

Sublime ejaculação,

Vulcão que explode em noite fria...

https://www.youtube.com/watch?v=R7s5ogsTnzU

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme

de medo.

Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,

o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos

povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar

nele nada mais é do que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.

Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você

pode apenas ir em frente.

O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.

E somente quando ele entra no oceano é que o medo

desaparece.

Porque apenas então o rio saberá que não se trata de

desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.

Por um lado é desaparecimento e por outro lado é

renascimento.

Assim somos nós.

Só podemos ir em frente e arriscar.

Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!

Osho