Eu herege

Eu herege

Quantas vezes tão dolorida e aflita
Grito, espero o eco
Teu nome ao longe
Som profundo
E eu perdida nesse mundo
Sem limites horizontes ao longe
Margens infindas
Eu me sentindo desabrigada,
Solidão a me espreitar
Embora eu tente me misturar a multidão
E tento , tento, sem conseguir
Quero fugir desse pesadelo, nele não estou inteira,
Não sou eu, quem sou? Só tenho muito e muito a duvidar!
Perdida em meio a multidão sigo pensando
Mas mesmo assim acompanhada ainda a solidão invade e assusta
Assustadora vida, e incertezas perenes
Heresias a me confundir
Eu herege, sem nexo e paradigmas a questionar
Sem respostas a dar, mas cada vez mais cheia de perguntas
Quem dera ser só um poeta a sonhar e sonhar
Romancear a tudo, não ser poeta de sofrer inquirir
Ser poeta só de amar, tudo perfeito, tudo saber e sonhar...
Mas a vida e cheia de incertezas e eu sei
Certeza só da morte!!!
E que o diabo a carregue bem longe...

Miriam Bilhó
in Antologia Ser Poeta
Miriam Bilhó
Enviado por Miriam Bilhó em 04/05/2017
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