Estremece-se às vezes desde a raíz
Por se ter uma estrela fulgurante,
um feixe de luz escorregadio sobre a espádua
e as unhas cravadas à carne
Pela espera : a primavera da nudez
como um beijo mordido por florir
Por causa do peito, dos pêlos, do gosto e da resina
Pelo sexo ser suntuoso e a galhardia bruta
Quando o espaço todo gira
e o arrepio na espinha golpeia o sangue
A claridade se entranha como um corte,
estrangulando o coração à garganta
Às vezes, o choque com o astro,
impetuoso,
se aprofunda dentro da soberania animal ;
e uma vez tocado o céu
nunca mais se dorme.


 




Ouvindo... 


DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 12/05/2017
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