quando me poesia

és tal qual seda que, macia,

nirvaniza, num abraço,

o broto de ventania

que plantei quando um mal passo

és tal qual brisa que alivia

o peso do meu cansaço

no findar de cada dia

sobre tudo o que eu não faço

ah, tanges toda essa agonia

sobre a nuvem algodoada

no céu que te apropria

risca a estrofe calada

e, pra nossa alegria,

chove a rima esperada

- e, quando me poesia,

eu não preciso mais nada -