Perambulando no farfalhar da areia,
Avisto um barco lá longe...
Redes de pescar,
E o canto da sereia...
 
Sento defronte ao mar,
Ondas se desfazendo aos meus pés,
Meu olhar se perde no infinito,
Meus pensamentos a vaguear.
 
Água gelada, me faz tremer,
Não de frio, mas de você!
Ah! Teu toque, teu beijo,
Desperta em meu corpo o desejo.
 
Deito na areia, contemplo o céu,
O sol queimando meu corpo,
Atravessando o tempo,
Congelo, paraliso, torpor...
 
Escuto o barulho da água...
Minhas lágrimas escorrer,
Um dia meus olhos brilharam,
E hoje procuram te ver!
 
Vou caminhando pela areia,
Sento nas pedras, e vejo o horizonte,
Distante, infinito, inexplicável,
Aonde estará? Alguém me conte...
 
Solidão que machuca,
Que me deixa a perambular,
Liga-me, mande notícias,
Preciso saber aonde você está...
 
Vou chorando mergulhar,
Nado e volto a beira mar...
Assim mesmo estou eu...
Perdida, sempre volto ao mesmo lugar.
 
Vou embora, volto para o asfalto,
Volto novamente meu olhar,
Reflexo em meus olhos daquele mar,
Aonde vivo a te esperar...
 
E espero outro dia chegar...
E perambular na areia voltar,
Quem sabe uma mensagem na garrafa,
Te diga: “Volte, estou a te esperar”.
 
E naquele barco que avistei,
Pode ser que traga você...
Este é meu sonho,
Novamente minha vida, te ter!
Vivo na esperança,
Amor, não consigo te esquecer!


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