Amar-te
Deixa-me
Romper tabus
Que se ufanam
Verdades.
Amordaçar
O silêncio
Acicatando
Emoções Contidas
Vividas a teu lado.
Diluir em ti
A saliva de sangue
Dos nossos beijos.
Deixa-me penetrar
Bem fundo no teu cerne
Construindo contigo
Castelos de vida
Num precipício bem fundo.
Deixa-me assustar
as noites
para que os dias
Venham
E tragam a Paz
Que teima
em ficar pelo caminho.
Deixa-me beber
Os teus olhos
Dia sim dia sim
E saciar esta fúria
Na secura da minha sede.
Deixa-me contar
Perdidamente
As horas e os dias
E multiplicá-los
Por nós dois.
Deixa-me
Quebrar a angústia
Dum dia passado
Sem te olhar
E embriagar-me contigo
No futuro
Dos nossos sentimentos
Deixa-me às vezes chorar
Peço-te!
E depois partilhar contigo
Metade dessa
Mesma lágrima
E sorrir!
E sonhar!