Esculpi teu corpo num lugar sem nome

Esculpi teu corpo num lugar sem nome

pintei-o de céu

e estrelas em forma de véu.

Dei-lhe nome de sol inventado de luz

na cor que seduz

a mais ínfima das minhas paixões.

Reguei-o de emoções

profundas e intensas

de verdades imensas

e embebi-me de ti.

Logo percorri

a eternidade a teu lado,

num universo mudado

pela vontade das almas,

que nas tardes brandas e calmas

vagueiam caladas

e ficam paradas

num lugar sem nome,

ante o corpo esculpido por mim.

Isabel Fagundes

16/06/07