SOPROS

SOPROS

Ela soprou ao ar, num gesto puro e honesto,
como quem quer dar um 'basta',
bolhas... diversas e infinitas,
emolduradas em rubros corações.

Talvez,
seu sopro busca encontrar o tesouro escrito no mapa,
ou tenta entender pelas emoções,
a discórdia das mútuas distrações.

Mas tudo que nos cai do céu,
- ou mesmo que venha do inferno -
são sensações, 
que no âmago da vida,
há que ser entendido como aprendizado,
'lições'.

E no beneplácito do diálogo,
(pontos de vista argumentados)
à ele coube o acolhimento - reflexivo, apenas.
À ela, atitudes modestas, serenas.

Cada um dentro de si.
Cada qual com seu abono.
Lá fora, por entre plantas e o sereno d'orvalho,
o tempo aplaude um filme de amor,
e o vento, calmo, sem fazer muito esforço...
... sopra um friozinho gostoso d'outono.