FERNANDO, não sei se finjo, talvez seja outra PESSOA!

Fernando, eu não sei se finjo
Na verdade, talvez seja outra Pessoa
Que chora um “eu” rindo
E sorrindo é uma lágrima que magoa
 
Como Alberto tento filosofar
Mas Caeiro não percebo
Que a melhor filosofia é amar
À parte de tudo, inclusive o medo
 
Como Ricardo vejo deuses e anjos
“Reis” que não se percebe
Para em versos enviar arcanjos
Como uma saudade em prece
 
E na angústia de Álvaro não sou nada
Nos Campos que o sonho me leva
É um jeito de sentir.... Única estrada
Que se faz caminho até quando cega
 
Bernardo, se são ridículas todas as cartas de amor
Serei Soares e tolo por valer a pena
E mesmo que seja desassossego este pranto de dor
É a voz d’alma que insiste em não ser pequena...
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 05/06/2017
Reeditado em 29/07/2021
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