Rondó dos Desvalidos
Traz a mim, por favor, agora...
sem demora, suplico urgência,
paciência já não me vela,
a donzela despercebida.
Esquecida e imaculada,
A que sempre, e a cada instante,
semeou seu querer amante,
sem jamais ter colhido nada.
Carregada de dor... ferida,
a que nutre no peito a mágoa,
e que a boca só sabe d'água,
pois manjar lhe negou a vida.
Traz a mim, por favor, agora...
sem demora, suplico urgência,
paciência já não me vela,
a donzela despercebida.
Vai e avisa à infausta moça:
"Teu amar foi por fim aceito,
encontrei o teu par perfeito,
um amor esvaído e joça."
Que eu possa lhe causar enchente
com meu veio em paixão que resta,
abastá-la em fervor e festa,
diminuto a fazer-se ingente.
Traz a mim, por favor, agora...
sem demora, suplico urgência,
paciência já não me vela,
a donzela despercebida.
Traz a mim, por favor, agora...
sem demora, suplico urgência,
paciência já não me vela,
a donzela despercebida.
Esquecida e imaculada,
A que sempre, e a cada instante,
semeou seu querer amante,
sem jamais ter colhido nada.
Carregada de dor... ferida,
a que nutre no peito a mágoa,
e que a boca só sabe d'água,
pois manjar lhe negou a vida.
Traz a mim, por favor, agora...
sem demora, suplico urgência,
paciência já não me vela,
a donzela despercebida.
Vai e avisa à infausta moça:
"Teu amar foi por fim aceito,
encontrei o teu par perfeito,
um amor esvaído e joça."
Que eu possa lhe causar enchente
com meu veio em paixão que resta,
abastá-la em fervor e festa,
diminuto a fazer-se ingente.
Traz a mim, por favor, agora...
sem demora, suplico urgência,
paciência já não me vela,
a donzela despercebida.