De gentil, cristalino pudor,

De gentil, cristalino pudor,

Mais bondosa que a nuvem no céu,

Piedosa, de história novel,

Foi febril meu abalo, o fulgor;

Na cabeça uma nova Babel,

Mas capaz de alcançar o Senhor:

Tão vivaz, tão pior que licor,

Viscondessa dos Lábios de Mel.

– Com um gole de chá me comprou...

Não há fada, pessoa ou animal

Comparável a sua mercê,

Formidável do quê ao porquê

E adornada em um nível moral;

De mais mélio, nem mesmo o glacê,

De mais claro, nem mesmo o sinal:

Meu amparo é seu rosto sacral

Que tão certo me tem por me ter.

– Com um gole de chá me esquentou...

Perfeição: encontrei-a; ela está

Na garota que vi tão em paz,

A marota me foi mais que assaz,

Sou garção, e padeço de amar.

Deus, é tanto que o anjo me apraz

Que percebo só nela o meu lar:

Eu careço pra bem respirar,

Sou ananto se nunca ma traz!

– Com um gole de chá me tomou...

13/7/2017

14/7/2017

16/7/2017

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 16/07/2017
Código do texto: T6056452
Classificação de conteúdo: seguro