O Inverno, as Feras e a Alma

As feras se amontoam

Sob o manto do sono esquecem

Cicatrizes de desavenças inúteis

Noites quentes em dias frios

Sonham frias pelo sangue quente

Até a mais feroz besta

Se enrola serena em si mesma

a digerir a última presa

Aquece a si mesma

A sonhar com o calor da próxima

O homem só é besta é fera

Caminha no gelo sem rumo

Predador do acaso do encontro

de um jovem coração ensolarado

que sua alma possa aquecer