A lua amarga do inverno

Sob o arco da entrada

Eu avançava pela escada

Ela não se movera

Passos na soleira...

A porta se fechava

O vento a empurrava

Num mistério sensual

Pulava da sacada

Em busca da amada

Que jazia entre as pedras

Com o rosto de boneca

Flutuei na escuridão...

No momento que caía

Sua memória dissolvia

Para sempre em minha língua

Eu suspiraria...

Gabrielle...