AMOR INFAMANTE...

Basta! Chega dos ais que me tens dado

nesta vida de amores que é meu fado;

Chega de dores, gritos e queixumes!

A minh!alma sucumbe já cansada;

o meu amor ao seu amor já não agrada,

e o coração já não suporta teus ciúmes!

Ah! como é lenta a agonia dos aflitos,

que buscam paz de amores infinitos

e não o fel do veneno que derramas!

Siga em frente na estrada, e se possível,

liberta o coração deste vulcão terrível,

antes que tudo se transforme em chamas!

Vai! Por Deus! Vá gemer em outros braços,

pra que o bardo desprenda de teus laços,

e não vagueie assim qual cego errante!

Siga! Galopa no corcel dos ventos,

viaja o mundo maldizendo tais tormentos,

por este amor que rotulas infamante!

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 17/10/2005
Código do texto: T60600
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