(*)Saga do roceiro

Por que os fihos das cidades do interior vão embora
Se tens a comunhão no templo tão boito
Cuja Luz da congregação nunca se apaga?

Criança - chuva de prata e alegria -
Cuida de tuas planícies e chapadões,
Com serenidade e bom gosto todos os dias

Em ti se vive e se morre porque a vida é assim,
Porém ficam as marcas do que se foi...
Terra por Deus protegida,
Benditas são raizes e flores de tuas plantações.

Rasga-te o Rio de ponta a ponta
Sobre a ponte de travessia do Bairro
O assisto carregado de detritos
E o poeta nele insistindo em colocar seu barquinho de papel.

Nos templos alguém ilustra e defende a vida
No sacerdócio da imagem adotada
No Santuário reúnem-se centenas de fiéis
Onde em homilia “Memorias Póstumas” são faladas.

Chega ao fim, um após o outro vai embora
De alma lavada por ter com Deus conversado
Para voltar no próximo fim de semana
A mais nobre e contempladora jornada.

(*) Povo da roça reunido na cidade nos fins de samana