Num sábado de manhã
Volto à serenidade
quando dormes num
sábado de manhã.
Vejo a realidade nas portas.
Prolongo as horas e bebo-te.
{Adivinho momentos}.
Devagar o dia acorda.
Teus olhos não percebem
a penumbra onde estou.
Desatento teu corpo
alonga-se nas minhas
mãos e nos meus olhos.
Antes que acordes, teus sonhos
transportam-me. Penetram-me
a alma no peito.
II
Há luz na rua inteira.
Sou um servo à procura
d'um canto, para ser dono
de pequeno reino.
Alegria! - Digo ao vento
quando sopra teu rosto.
III
o dia lá fora abençoa
um pássaro na cidade
sem ruídos.