UMA TAÇA DE AMOR
 
    Recolhi numa tarde dessas, andando pelos campos,
    Os fragmentos luminosos de uma estrela caída;
    A você os dou como se fossem pirilampos,
      Para iluminar a abóbada da sua vida.
      Pouca luz talvez elas possam prover,
             Mas terão calor bem mais que suficiente,        
      Para os dias de inverno da sua vida aquecer,

  Com calor que faltará a muitos sóis neste ambiente.
  Porque você é minha estrela, tão distante e fugidia,
     E quanto mais de você eu tento me aproximar,
   Tanto mais de mim você se distancia.
    Isso é negócio que eu não acho certo:
       Por isso, quanto mais de mim você se afastar,
   Com mais empenho tentarei trazer você para perto.