Ela e o Mar

E, como se não houvesse alternativa, entregou-se ao mar,

às ondas profundas daquele que antes, de longe, a deslumbrava.

Agora ele a pertencia, ou será que ela o pertencia?

Já não sabia, já não importava!

Agora, era ela e o mar...

As nuvens, acima, traziam a sensação de leveza n’alma,

mas a turbulência ao redor lembrava o caos que vinha de dentro.

Resistir, pra quê?

Algo lhe dizia que não valeria a pena!

Agora, era ela e o mar...

A ideia de pertencer ao infinito era tão fascinante quanto assustadora,

mas ela já havia experimentado a sensação simultânea de medo e êxtase.

Fugir, por quê?

Aquele era o seu destino. Rendeu-se!

Agora, era ela e o mar. E o mar, o amor.