Viajante Interestelar

Vem de outra galáxia,

Livre de qualquer falácia.

Vence planetas, no escuro

Talvez Marte ou Mercúrio,

E se difere da massa.

Tem roupas que o tornam comum,

Feições ainda mais mundanas

Não sei se te levo pra Andrômeda

Não sei se te jogo na cama.

Maldita dúvida cômica.

Não sei o que me faz tão bem

Acordar e ler bom dia!

Uma mensagem interestelar

Pontinhos no céu da agonia.

Alegria pra contar.

Se o que te faz assim tão perfeito

É o mesmo que dá ao oceano, cor,

Entendo como para ti é facil

Só olhar e já me encher de calor,

Mocinha frágil que sou.

Convido-te à Lua para nossa dança,

Observar os raios do sol sem se queimar

E ao olhar pelo telescópio

Sentir cada partícula do corpo borbulhar

Como inebriada por ópio.

Sei que pensa que nunca lhe escrevem

Que não é merecedor de narrativas

Mas quanto mais as memórias me servem

Menos é fácil a esquiva.

Que todos os Deuses me rezem!

Termino por aqui, caro astronauta

Alienígena, não identificado

Que não acordemos no sanatório para alta

Nem esbarremos distraídos no supermercado.

Que essa proximidade me faz falta.

Ladra de Tinta Seca
Enviado por Ladra de Tinta Seca em 12/08/2017
Código do texto: T6081516
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