Viajante Interestelar
Vem de outra galáxia,
Livre de qualquer falácia.
Vence planetas, no escuro
Talvez Marte ou Mercúrio,
E se difere da massa.
Tem roupas que o tornam comum,
Feições ainda mais mundanas
Não sei se te levo pra Andrômeda
Não sei se te jogo na cama.
Maldita dúvida cômica.
Não sei o que me faz tão bem
Acordar e ler bom dia!
Uma mensagem interestelar
Pontinhos no céu da agonia.
Alegria pra contar.
Se o que te faz assim tão perfeito
É o mesmo que dá ao oceano, cor,
Entendo como para ti é facil
Só olhar e já me encher de calor,
Mocinha frágil que sou.
Convido-te à Lua para nossa dança,
Observar os raios do sol sem se queimar
E ao olhar pelo telescópio
Sentir cada partícula do corpo borbulhar
Como inebriada por ópio.
Sei que pensa que nunca lhe escrevem
Que não é merecedor de narrativas
Mas quanto mais as memórias me servem
Menos é fácil a esquiva.
Que todos os Deuses me rezem!
Termino por aqui, caro astronauta
Alienígena, não identificado
Que não acordemos no sanatório para alta
Nem esbarremos distraídos no supermercado.
Que essa proximidade me faz falta.