É SÓ MINHA A MINHA DISILUSÃO

Este ávido amor que me escapa,

arremessa e maltrata, ri de pirraça,

pelo já acordado sonho meu.

Decrépito e vencido, eu sigo aflito,

coração mal querido, carente e fingido,

dizendo que não sofreu.

Porque em suas mãos, entreguei a minha vida,

desprezo e malícia, foi o presente que me deu.

Dormente de dor, permaneço na lida;

petulante atrevida sabe o quanto doeu?

Inutilmente,

busco uma saída,

quiçá, a panacéia.

Se encontrasse, sem pestanejar a tomaria,

entornando-a por uma única via,

e como o meu bom velho sempre dizia:

pior do que nunca ter amado,

é amar miseravelmente.

Elton Diniz Pacheco
Enviado por Elton Diniz Pacheco em 15/08/2007
Reeditado em 15/08/2007
Código do texto: T608540