ENTRE LINHAS DA POESIA

Poesia tem cor, sabor e cheiro,

Cheiro de amor, de paixão;

Amor é intrigado, é entrelaçado,

É amarrado, é leve e é solto,

Amarrado por amarras que não soltam,

É leve pelo peso do voar juntos;

Solto? Solto para ir e ficar.

Poesia enfim; invade o peito e em devaneios,

Toca órgãos e vísceras, revirando o estomago vazio,

As tripas entrelaçadas em nó, que doí pela ausência,

Os braços que anunciam dor de distância, pernas que refletem o querer ir onde está,

Coração nem se fala; não cala e através do suor, exala...

O cheiro que vem das entranhas, estranhas inabitáveis por pensamentos,

Estranhas entranhas que não denotam o que está ali,

Apenas dois sentem, não é só paixão; mas...

Um amor apaixonado, cansado de gritar, chorar, sangrar e não ser notado;

Amor nunca visto, não explicado, maltratado, doído e abandonado...

A esse amor por muitos desejado e por alguns rejeitados, negado, maltratado,

Poesia, nada vale; mas vale ser poeta desesperado sem rumo, sem destino;

O remédio do amor é único; tem um nome...

Você...que sabe a medida do ar para respirar, do gole a ser bebido,

A dose certa; em poesia é impossível explicar o quanto vai sangrar;

Esperar o remédio que deixa faltar, poesia, não;

Poema, uma declaração de dor que o olhar pode curar...

O corpo reclama, a dor sente apenas quem ama; a poesia segue a música;

Mestre Wilton
Enviado por Mestre Wilton em 18/08/2017
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