DEDICAÇÃO/DECEPÇÃO
Dediquei-me inteiramente,
a uma pessoa diferente,
ao meu grande amor,
sem medir as consequências,
sem pensar, sem consciência,
dediquei-me àquela flor.
E o tempo foi passando,
e a ela fui me dedicando,
de todo meu coração.
E quanto mais eu pensava,
mais eu me dedicava,
menos eu tinha razão.
Dediquei-me de tal forma,
que em mim fazia uma reforma,
girava-me em torno daquela,
que me tornava doente,
quando sentia a falta dela.
Dedicação eu dava,
amar eu amava,
compreender eu compreendia,
mas eu nunca pensava,
será que ela me queria?
Eu não sabia,
nunca entendia,
o que comigo ela fazia.
E como uma facada no peito,
sem imaginar sem jeito,
morri naquele dia.
Parado, pensando,
calado, chorando,
de alma de coração,
sofendo,
morrendo,
eu dei dedicação,
e recebi decepção.