No baile da vida, ó beldade,

No baile da vida, ó beldade,

Te encaro, e escolho, e convido,

Mas, porque me aceitas, me intrigo:

Não creio isso seja verdade...

"Aceitas dançar, ó beldade?"

E disseste: "Danço contigo!"

Responde que jeito crer nisso,

Que sou dessa deusa a vontade?

No baile da vida, repito,

Cada um que me vê me evade,

Mas a tu, com tal castidade,

Choram de calor e de frio!

Tentei, estufado de brio,

Soltar-te, pois sou nulidade,

Mas por de feliz ser vaidade

Fiquei te querendo comigo!

Perdão! É difícil aceitar

Viver sem teus beijo e presença!

Por mais que a ti eu seja doença,

Não posso viver sem te amar!

Perdão! Não queria abusar,

Mas digo algo em minha defensa:

Modesta, ensina-me a crença

De um dia poder te cuidar...

Perdão! Sou demais uma ofensa!

Mas por que aceitaste dançar?!

Agora, prometo tentar,

Vou teu coração bem tratar...

27/8/2017

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 27/08/2017
Reeditado em 19/01/2018
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