Minha Desgraça
Não sou o vento que passa
Que te deixa serena,
Cheia de graça.
Não sou a brisa que teus cabelos
Abraça,
E que fio a fio num segundo embaraça,
Se eles agradecem com um sorriso
Que mesmo querendo não disfarça.
Tu, a pegar tuas mechas se põe
Numa tentativa perdida para
Que elas não voem.
Tua saia godê, a La Marilyn Monroe
Tu não seguraste , e eu vi.
Não peço que me perdoe!
Não sou puro como o vento,
E do pecado me alimento.
Ah, não, não sou o vento que passa
O que sei fazer bem é te deixar sem graça.
Meu olhar atrevido é minha desgraça,
Que te põe medo e tu desapareces como a fumaça.
E eu fico aqui a te imaginar novinha e bela assim
Servida na grande taça.
Ah, não sou o vento que passa
Que sábio, não te sufoca com um olhar.
Apenas te abraça!