O brado do guerreiro

De te amar entreguei a minha alma

E agora de coragem estou refeito

Nem a dor estremece minha calma!

Nem a raiva encontra espaço no meu peito!

Quero apenas te amar e esquecer

O ciúme, a tristeza e a saudade

E depois no teu seio adormecer

E do amor ganhar toda a liberdade.

Não há medo, não há mais covardia

Toda a mágoa eu ultrapassarei

E se o passado trouxer uma nuvem fria

Ao céu, ao mundo eu bradarei:

Sou guerreiro do amor, não sou errante!

Tenho os braços de uma musa a me acolher

Tenho beijos e louvor à todo instante

Tenho um corpo que me faz estremecer!

Venha vento, venha fúria e tempestade!

Desespero não me abala o coração

Pois amor que se esvai na saudade

É etéreo como a mais fraca paixão.