Agora, você!

desvio do que me consome!

das irmandades: só o amigo,

do olhar quero a linguagem,

no abraço-porto: a paragem!

da vida, quero o lume, o cheiro, a inteireza,

o gosto pelas palavras, não há mais tempo para falácias.

quero um quintal de muro baixo sem segredos,

com um portão alvinho e duas taças sobre a mesa,

a simplicidade dos pés no chão! e, pelas minhas

e tuas mãos "imensas" quero o frescor da horta,

e, o toque delas em minha essência!

quero cultivar estrelas no céu da tua boca

e tocar o horizonte com as nossas vistas!

ah, se eu te perder por um instante...

que seja somente ao piscar os olhos!

quero o "fazer tudo junto" que transbordou teu olhar,

as flores amarelas do nosso jardim, de frente às janelas

que me recostar! as asas? te darei, na certeza de ver voltar!

quero, o canto dos pássaros, "a lira mais bela"

na suavidade da tua voz, parelha aos meus sentidos...

o Sol acariciando a tua pele e a Lua nos embriagando.

quero aquele lugarzinho que, só te cabe, se couber a mim!

quero o nosso amanhecer pagão,

o entrelaçar das pernas e dos dedos,

quero brincar de te esconder dentro de mim,

e me encontrar no teu profundo beijo!

quero a felicidade do momento, a promessa no teu sorriso,

a fragilidade da entrega, quero aprender-te paraíso!

olhe, prometo ler teu semblante e também, ler-te os livros.]

quero tuas velas hasteadas

na minha chegada, e,

com a minha partida, acesas!

quando eu não mais existir e tu tiveres partido,

ainda viverás e viverei, pois, estarás sempre comigo!

assim, as vezes que eu "parecer"

é quando mais estou

é quando mais estás!

Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 09/09/2017
Reeditado em 10/09/2017
Código do texto: T6109633
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