Eu não espero

Num rodopio de paixões alucinadas,

Dancei nos teus dedos,

Num latejar de sonhos brancos e nadas

Cobertos de segredos...

Na angústia de gestos desmesurados e inquietos,

Me arrojei pelo teu ventre,

Em arroubos mais errados e menos certos,

Nos ritmos do sempre...

E o sempre se fez nunca numa eternidade de dor!

O tudo se fez ausência,

Em frutos que desoladamente perderam a cor...

A minha desistência!

Não posso estar onde me não amam,

Eu não quero...

Não posso ir onde me não chamam,

Fiquei... mas não espero!

goretidias
Enviado por goretidias em 17/08/2007
Código do texto: T611922