Eu não espero
Num rodopio de paixões alucinadas,
Dancei nos teus dedos,
Num latejar de sonhos brancos e nadas
Cobertos de segredos...
Na angústia de gestos desmesurados e inquietos,
Me arrojei pelo teu ventre,
Em arroubos mais errados e menos certos,
Nos ritmos do sempre...
E o sempre se fez nunca numa eternidade de dor!
O tudo se fez ausência,
Em frutos que desoladamente perderam a cor...
A minha desistência!
Não posso estar onde me não amam,
Eu não quero...
Não posso ir onde me não chamam,
Fiquei... mas não espero!