matam-se as palavras

matam-se as palavras.

não disse nada porque não saberia

oferecer-te poemas de amor.

entenderias?

as sílabas soariam tímidas

e não sei se gostarias de ouvi-las.

sorririas talvez.

Quase tímido

não reparei na ousadia

de ler-te nas páginas.

anônimo

agarrava-me

ao cais do teu barco,

com a ânsia de

calar-me.

antes não falasse.

apenas murmurasse

para não despertar

a tua curiosidade.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 22/09/2017
Reeditado em 25/09/2017
Código do texto: T6121845
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