DEUSA DA MINHA VIDA

Ela tão serena e bela...

Eu, um pobre coitado...

Ela pensativa, tão distante.

Eu, sem esquecê-la um só instante.

Entre mim e ela, uma grande lacuna.

Ela rica, tão nobre.

Eu, carente de tudo, tão pobre.

Ela, a deusa da minha vida.

Mulher perfeita, tão formosa.

Traços finos e delicados

qual veludo das rosas.

Estátua magnífica de puro ouro

que me encanta tanto, tanto.

Eu, um vulgar plebeu,

que trago os ossos suspirando o couro.

Já implorei á Deus e aos santos,

que me dêem dela, o mel dos lábios seus.

Porém entre mim e ela, há um vago sem fim.

Ela longe de mim, tão bela.

Eu no sereno da noite, sempre a filosofar,

qual Descarte, Sócrates e Platão,

se algum dia eu poderei habitar,

em um pedacinho do seu coração.

Nova serrana (MG), 07 de setembro de 2009.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 14/10/2017
Código do texto: T6142113
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