Zero a Zero

Quando o crepúsculo o inesgotável inventar
O amor seguirá o formidável curso do rio.
Lua, o brilho compêndio natural da vida.
Ingrato se faz o humano háptico da liberdade
Companheira, no cosmo espelho da alma.

Tutela se quebra no infiel sentido do medo
Joga-se na lama construção amiga de anos a fio
Com as próprias mãos estrangulam-se sonhos
Quando na verdade só amor fazia o essencial enredo.

Acende-se fogueira e apagam-se balões
Suplanta-se dificuldade finita o destino a barrar
Invade-se íntimo a doce amizade que fizera
Beijo e abraço fraternos empinam-se corpos

Refugia-se no templo e não tema a irmandade
Diga não a heresia, mas não volte ao passado
E se alguém te causa dor responda ao errante
Porque plenamente o bem sempre prevalecerá.